segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Prefeitura dialoga com protetores e anuncia ações de responsabilidade do Poder Público

 Castrações em áreas de risco de transmissão de leishmaniose e licitação para recolha, abrigo e destinação de animais são algumas das medidas anunciadas

Protetores independentes e dirigentes de ONGs (organizações não-governamentais) que atuam na cidade em defesa dos animais foram recebidos na tarde desta segunda-feira (15), pela administração municipal, para um diálogo sobre as responsabilidades do Poder Público e da sociedade, para solução dos problemas urbanos, riscos à saúde, maus tratos e abandono.

O grupo que representou várias organizações e voluntários (desvinculados de entidades) foi recebido pelo chefe de gabinete Márcio Spósito; a secretária municipal da Saúde, Kátia Santana, o procurador Alisson Souza e Silva e técnicos da Saúde (Divisão de Zoonoses e Vigilância Epidemiológica).

Os voluntários foram ouvidos pelos gestores e pontuaram questões que vão da castração e incentivo à posse responsável à necessidade de um local para permanência de animais abandonados, para tratamento e doação.

A secretária da Saúde elogiou a atuação dos protetores e destacou a importância de separar o que é bem-estar animal – uma área de apoio ligada ao Meio Ambiente, em que o Poder Público também tem responsabilidades – das ações de saúde pública que envolvem animais. 


“Os recursos da saúde, quando empregados na questão dos animais, tem um foco na preservação da vida humana. Por isso, no caso das castrações, por exemplo, vamos implementar esse ano 1,2 mil castrações a mais na cidade. Esses procedimentos, porém, só poderão ser feitos, pelo menos inicialmente, na região com maior risco de transmissão de leishmaniose”, explicou.

A Prefeitura também não pode, com recursos da Saúde, investir em medicações ou ração, por exemplo. Márcio Spósito, chefe de gabinete, ressaltou que o município está comprometido com uma política de bem-estar animal e posse responsável, mas as ações são focadas na área de meio ambiente e política pública urbana.

“Vamos fazer uma licitação para contratar uma empresa que ficará responsável pela recolha, guarda, alimentação e doação de animais abandonados. É um compromisso nosso, mas tem que ser feito pela via legal, através de um processo licitatório”, destacou.

A enfermeira Luciana Stroppa, integrante da equipe da Vigilância Epidemiológica, explicou as medidas que estão sendo realizadas no controle ambiental, como a ação tríade na zona norte da cidade, área com maior número de casos em humanos.

São três frentes: educação em saúde junto à comunidade, manejo ambiental (limpeza) e inquérito canino, que consiste no exame dos cães da área e orientação aos moradores sobre os cuidados com os animais domésticos.

A Prefeitura reforçou a importância dos protetores para a importância de parceiras, com as ONGs e voluntários, para trabalhos como Educação Ambiental voltado aos animais domésticos, incentivo à posse responsável e Educação em Saúde, para o controle de zoonoses.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Mauro Abreu

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