quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Mortalidade infantil cai 15% neste ano em Marília; indicador é o menor da série histórica

Pela 1ª vez, taxa ficou em 6,67 a cada mil nascidos vivos; no ano passado indicador fechou em 11,47

O ano termina com uma redução histórica na mortalidade infantil em Marília. Dados da Secretaria Municipal da Saúde indicam que o número absoluto teve redução de 15%, na comparação com 2016. O coeficiente calculado com base no total de nascimentos e nos óbitos de crianças no primeiro ano de vida aponta que, pela primeira vez, a taxa ficou em 9,90 a cada mil nascidos vivos; no ano passado indicador fechou em 11,47.

Conforme o Núcleo de Informação, setor que acompanha as estatísticas da Saúde, a cidade de Marília somou 29 óbitos infantis em 2017, ante a 34 no ano anterior. A variação da série histórica dos seis anos anteriores indicam 41 em 2012, queda para 30 em 2013, aumento para 40 em 2014 e redução para 32 no ano seguinte.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza, como meta, taxas inferiores a 10 óbitos/mil nascidos vivos, índice mais comum apenas nos países desenvolvidos. O indicador alcançado por Marília em 2017 está acima da média histórica regional, do Estado e do País.

A secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana, que é mestre em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) explica que a mortalidade infantil reflete as condições socioeconômicas de uma determinada população. 

Realização de pré-natal, alimentação, condições sanitárias e de moradia, acesso a tratamentos preventivos, entre outros, estão relacionados. Em geral, avanços no desenvolvimento econômico e na Educação tendem a reduzir mortalidade infantil.

“Nosso desejo é que esse número fosse zero, o que seria estatisticamente improvável uma vez que existem causas inevitáveis. Mas sabemos, porém, que existem muitas causas evitáveis de mortalidade. Isso significa que os esforços precisam ser intensificados, para que a curva de redução não pare e vidas possam ser salvas”, destacou Kátia.

O médico ginecologista, ex-secretário municipal da Saúde e integrante do Comitê Regional de Controle da Mortalidade Infantil e Materna, Luiz Takano, reforça a preocupação da secretária de que é possível reduzir os indicadores. No caso dos bebês, a prematuridade e outras complicações relacionadas à condição de saúde da mãe estão entre as principais causas.

“A Atenção Básica (rede de unidades de saúde) tem um papel muito importante, por conta do pré-natal. De forma geral, vemos o fortalecimento dessa rede, mais informação entre os usuários e apesar de a nossa cidade ter experimentado uma expansão muito rápida, com novos bairros, há um esforço do Poder Público em ofertar serviços de saúde em todos os níveis de atenção”, destacou o médico ginecologista.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Júlio César de Carlis

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Programa de Prevenção a ISTs/Aids premia unidades de saúde pela campanha ‘Fique Sabendo’


Equipes das USFs Cavalari, Palmital II, Toffoli, Teruel e UBS Santa Antonieta foram destaque

Motivar e envolver equipes de saúde da atenção básica para ampliar diagnóstico, vincular pacientes e promover a prevenção à Aids e ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Com este objetivo, a Campanha “Fique Sabendo” 2017 foi realizada em Marília de forma dinâmica e participativa. Em encerramento oficial à ação, as unidades que se destacaram foram premiadas.

Certificados foram entregues às equipes com maior envolvimento (que realizaram maior número de testes rápidos). O Programa de Prevenção, vinculado à Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, premiou as USFs (Unidade Saúde da Família) Cavalari, Palmital II, Toffoli, Teruel e UBS (Unidade Básica de Saúde) Santa Antonieta.

Meriene Ferrarezi Chiari, do Palmital, ao centro
Para a enfermeira, Meriene Ferrarezi Chiari, do Palmital, a premiação simboliza um importante reconhecimento. “Com certeza, esse feedback às equipes gera motivação. É a certeza de que o nosso esforço está repercutindo e gerando resultados para a população”, declarou.


Fabiana Veronez Gimenez, da UBS Santa Antonieta, agradeceu o suporte da Secretaria Municipal da Saúde, por meio dos setores envolvidos. “Durante a campanha, tivemos a segurança necessária para a realização dos testes, com a entrega adequada dos insumos, respostas rápidas e decisões acertadas”, elogiou.

Participaram também as enfermeiras Tálitha Magnani Padula, Marina Raquel Ribeiro Evangelista e Ediane Cristina Martins, que representaram, respectivamente, as equipes da USF Tofoli, Cavalari e Teruel.


EMPODERAMENTO

Um dos diferenciais da campanha deste ano, na avaliação da enfermeira Alessandra Pereira, responsável pelo Programa Municipal de ISTs/Aids, foi a descentralização e o envolvimento. Com criatividade, as unidades promoveram eventos especiais, decoração dos ambientes e divulgação.

“É preciso que haja um empoderamento das unidades, ofertando serviços", destaca Alessandra, à frente da Vigilância
“O ‘Fique Sabendo’ 2017 não foi feito pelo SAE, mas por toda a rede, valorizando o papel das unidades. Com essa capilaridade, ficamos mais próximos das comunidades, em consonância com o que o SUS (Sistema Único de Saúde) preconiza”, destacou Alessandra Pereira, que fez a entrega dos certificados ao lado das apoiadoras da Atenção Básica.

Alessandra Arrigoni, enfermeira e supervisora da Vigilância Epidemiológica, lembou que a campanha é tradicional e tem data especificada (geralmente a semana em que incide o dia 01º de dezembro). Porém, a realização do teste rápido para doenças sexualmente transmissíveis deve ser rotina nas unidades e faz parte das atribuições da rede básica.


“É preciso que haja um empoderamento das unidades, ofertando serviços. Podemos reduzir os riscos do nosso usuário ter um diagnóstico tardio. Podemos evitar que ele entre na rede já como paciente de alta complexidade”, alertou a supervisora.


Ela lembra que, sobretudo na atenção básica, o sistema único é focado na prevenção. “O SUS é melhor que qualquer plano de saúde, porque oferece o que nenhum outro oferece: teste rápido, vacina, prevenção a arboviroses, busca ativa de sintomáticos e muitos outros serviços”, declarou Arrigoni.

FIQUE SABENDO

A mobilização resultou em um total de 1.468 exames (em uma semana) para detectar novos casos de ISTs e Aids na cidade. No total, 30 positivos foram identificados, sendo que duas amostras tiveram resultado positivo para HIV, 23 para sífilis, uma para Hepatite B e quatro para o tipo C. 

Todos os pacientes foram orientados sobre os procedimentos, para que tenham tratamento completo pelo SUS. Nos casos de Aids e Hepatites a referência é o SAE. Já os pacientes com sífilis são atendidos na unidade de saúde mais perto da residência.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Júlio César de Carlis

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Saúde resgata credibilidade, reestrutura serviços, investe em unidades, frota e Farmácias Municipais

Secretaria Municipal da Saúde encerra o ano com enfrentamento e redução na transmissão de doenças, ampliação da vacinação, 14 veículos novos e valorização dos trabalhadores

Balanço da Secretaria Municipal da Saúde de Marília aponta avanços, durante o ano de 2017, nas áreas prioritárias para a população, incluindo melhorias na rede básica, assistência farmacêutica qualificada, controle de doenças, frota e relacionamento com fornecedores e prestadores de serviços. A gestão da pasta é feita de forma técnica, com aprovação do Comus (Conselho Municipal da Saúde) e apresentação de resultados de forma transparente ao Legislativo.

A cidade conta com 12 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), 37 equipes do programa ESF (Estratégia Saúde da Família), Upa (Unidade de Pronto Atendimento) sob contrato de gestão com a HBU e um PA (Pronto Atendimento) sob gestão própria, na zona sul.

"Fórum da Atenção Básica Saúde em Movimento", que reuniu centenas de servidores da Saúde do município
São dezenas de programas, que oferecem atendimento por meio das unidades especializadas, como a Policlínica, o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), os dois Caps (Centro de Atenção Psicossocial – Catavento e Com-Viver), a rede de Farmácias Municipais, a Unidade de Fisioterapia, Banco de Leite, Cerest (Saúde do Trabalhador), SAE (ISTs/Aids), entre outras.

“Foi um ano difícil, é verdade, mas não será lembrado por isso. Será lembrado pelo respeito e valorização do SUS, pelos esforços de priorizar pessoas e promover avanços estruturais com responsabilidade. Isso se deve à confiança do prefeito Daniel Alonso e ao profissionalismo das nossas equipes”, disse a secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana.

Sem o endividamento de exercícios anteriores na pasta, a expectativa para o próximo ano é de avanços ainda maiores em obras e ampliação dos serviços.

INFRAESTRUTURA

Em 2017 foram entregues à população duas UBSs, nos bairros Santa Antonieta (zona norte) e Costa e Silva (sul). A primeira estava abandonada desde maio de 2016, quando foi inaugurada a UPA e fechado o antigo PA Sul. Foram investidos recursos próprios e empregada mão de obra dos servidores da própria pasta, além de reeducandos.

Inauguração da UBS Santa Antonieta; conquista para a zona norte da cidade em maio

Já a segunda unidade, foi entregue pela construtora no final do ano, mas ainda dependia de acabamentos e intervenções que não estavam no projeto inicial, por isso ainda não havia sido inaugurada. A Prefeitura realizou a finalização e inauguração, no mês de agosto.

Empenhada em valorizar a assistência e a qualidade na entrega de medicamentos, a Prefeitura de Marília iniciou a execução do Plano de Reestruturação da Assistência Farmacêutica, entregando à população as duas primeiras unidades da rede: Farmácia Municipal Zona Norte e Zona Sul.

Investimento também no CEO (Centro de Especialidades Odontológicas). Localizado no bairro Nova Marília, o serviço funciona em prédio próprio, mas o local estava com infiltrações há, pelo menos, seis anos. Foram substituídas oito mil telhas, realizada nova pintura, ampliada uma sala e recuperados todos os ambientes internos que ficavam alagados a cada chuva. 

Ainda na área da saúde bucal, a Prefeitura de Marília adquiriu em 2017 oito novos gabinetes odontológicos, para substituir equipamentos que quebravam constantemente, gerando altos custos de manutenção e interrupção dos serviços.

A Secretaria Municipal da Saúde avançou em mais de 90% das obras da UBS Nova Marília e, em parceria com a Secretaria Municipal de Planejamento, acelerou a tramitação para que o ano de 2018 comece com quatro unidades de saúde em construção ou reforma: USF Santa Paula/Marajó, Jardim América III, Maracá e Palmital.

FROTA

Em 2017 a Prefeitura de Marília adquiriu 14 veículos para a Secretaria Municipal da Saúde. Dois são coletivos para transporte de pacientes e estão lotados na Central de Ambulâncias (micro-ônibus com acessibilidade para pacientes) e no Caps Com-Viver, que recebeu uma van para atividades de inclusão psicossocial.


Os demais, adquiridos com recursos vinculados a programas específicos, foram recebidos pela Vigilância Epidemiológica (dois Fiat Palio Weekend), Cerest (dois Ford Ka), Caps-i Catavento (um Ford Ka), Divisão de Zoonoses (duas caminhonetes GM Montana e um GM Spin); SAE (um GM Spin) e Vigilância Sanitária (dois Ford Ka).


Os novos carros permitiram, por consequência, realocar para o setor da Sub-frota da Saúde veículos em melhores condições para o TFD (Tratamento Fora de Domicílio), para viagens de pacientes. O município aguarda repasses solicitados, inclusive, em emendas parlamentares para aquisição de ambulâncias para o Samu e Central de Ambulâncias.

GESTÃO DE PESSOAS

Desde o início de 2017, a Secretaria Municipal da Saúde realiza um trabalho de fortalecimento da Divisão de Atenção Básica, que atua como apoio técnico às UBSs e USFs.

O movimento também envolve os serviços responsáveis por atendimentos especializados, os grupos técnicos que atuam nas linhas de cuidado estabelecidas pelo Ministério da Saúde, como Saúde da Mulher, da Criança, do Adulto, Saúde Mental (entre outros), além de setores estratégicos como a Divisão de Zoonoses e Vigilância Epidemiológica.

A ação começou com oficinas internas na Secretaria, chegou às unidades e teve momentos de grande reflexão, como “I Fórum Atenção Básica em Movimento”, coordenado pelas médicas Maria Elizabeth da Silva Hernandes e Maria Cecília Cordeiro Dellatorre, ambas com vasta experiência em saúde pública e pesquisadoras atuantes no universo acadêmico.

Concurso público municipal, realizado pela Fundação Vunesp, está entre as ações de valorização. Os procedimentos previstos no edital estão em andamento e em breve será divulgada a classificação dos candidatos aprovados para 100 vagas, em seis cargos.

A Secretaria também fortaleceu a relação ensino-serviço, recebendo centenas de alunos ao longo do ano. Ofereceu ainda oportunidade de informação aos servidores municipais, inclusive com cursos de especialização gratuito do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.

GESTÃO FINANCEIRA

Mesmo com as dificuldades financeiras enfrentadas por todos os municípios, agravada em Marília pelo endividamento nos últimos anos, a cidade tem honrado os compromissos financeiros. O ano termina com os pagamentos dos prestadores em dia, após a Prefeitura ter honrado compromissos (realizado pagamentos) de um total de R$ 3.744.142,21. Em 2016, o município despendeu em pagamentos R$ 1.908,443,14, ou seja, apenas metade do valor.

A Secretaria Municipal da Saúde elevou em 20%, neste ano, o investimento na compra de medicamentos. Além disso, pagou R$ 2.168.847,55 referente a débitos de remédios comprados nos anos anteriores e que estavam pendentes.

O município ampliou a oferta de serviços, como a cirurgia de catarata, mamografia e cirurgias nas especialidades de ortopedia, otorrinolaringologia e urologia. Para sanar um dos principais gargalos, a Prefeitura intensificou o número de cirurgias de catarata e realizou mil procedimentos em 2017, um grande crescimento ante as 68 cirurgias feitas durante todo o ano de 2016. 

CREDIBILIDADE

Para obter estes resultados na gestão da saúde, o município manteve diálogo com setores técnicos do Ministério da Saúde, qualificou processos para apurar a produtividade da pasta, conquistou credibilidade e envolveu vereadores de todos os partidos.

Na mesa com a HBU (Unimar) e Santa Casa de Marília; atendimento intensificado à população

Negociações com os prestadores de serviços foram realizadas ao longo do ano, a fim de melhorar as condições dos contratos e resolutividade dos serviços, favorecendo a população que depende do SUS.

De janeiro a outubro (período com dados já consolidados) a saúde municipal realizou, por meio de sua rede e dos serviços parceiros, um total de 890.829 mil exames, 1,1 milhão de consultas/atendimentos ambulatoriais e 17.443 pequenas cirurgias.

VIGILÂNCIA / ZOONOSES

Em 2017, Marília registrou redução de mais de 80% no número de casos de dengue confirmados,  o menor indicador dos últimos cinco anos. Mesmo com transmissão moderada e índice larvário considerado “satisfatório”, as ações de controle não foram interrompidas.

A temporada com maior risco segue até meados do primeiro semestre e a cidade trabalha pautada por um programa de prevenção e por um plano de contingência, a ser executado conforme haja variação da curva de transmissão.

Marília foi uma das cinco cidades escolhidas no Brasil, para pesquisa inédita visando eliminação de Aedes

O município também abriu, em 2017, a “caixa-preta” da leishmaniose. A secretária Kátia Ferraz Santana alertou sobre o problema e divulgou dados relativos a 2016, que até então eram desconhecidos da população. 

O enfrentamento com ações de limpeza, informação à população, exames e castrações (1.213 cães castrados) entre outras medidas, reduziram a velocidade da transmissão na principal área afetada. Neste ano, foram verificados 15 casos confirmados, contrariando uma previsão de explosão de novos casos dos especialistas. 

AVALIAÇÃO E RECONHECIMENTO

Para a secretária municipal da Saúde, Kátia Santana, os resultados devem ser encarados como parciais e não uma conquista consolidada. Da mesma forma, problemas ainda persistem e não existem “soluções mágicas”, mas um movimento de reconstrução.

“É possível construir uma saúde pública melhor, mais resolutiva, acolhedora, com melhores condições de trabalho e profissionais engajados e valorizados. Mas nosso trabalho não é feito para ser avaliado em meses”, disse a secretária.

Prefeito e secretária, em reunião com Rogério Luiz Zeraik Abdalla, do Ministério da Saúde
Kátia destaca que a condição atual supera, em muito, a realidade do início de 2017. “Se dermos uma olhada no retrovisor e, compararmos com o que vemos hoje, enxergamos muitos avanços. No horizonte, temos um cenário de expectativas e possibilidades, que certamente se consolidará. Temos a confiança e a visão do prefeito Daniel Alonso, com uma equipe determinada. Temos a segurança e o engajamento dos servidores, que sabem trabalhar e desejam o melhor para Marília”, declarou.

Os resultados da Secretaria Municipal da Saúde são apresentados à população a cada quatro meses, durante as audiências públicas realizadas na Câmara Municipal. As sessões são convocadas pelo Poder Legislativo. Informações sobre a próxima audiência podem ser obtidas pelos canais de comunicação da Câmara ou diretamente com o vereador de confiança do cidadão.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Arquivo / PMM

‘Fique Sabendo’ faz mais de 1,4 mil testes; Saúde encaminha 30 pessoas para tratamento

Durante campanha, foram acolhidas pela rede de saúde do município duas pessoas com HIV, 23 com sífilis, uma com hepatite B e quatro com hepatite C

A mobilização entre novembro e o início de dezembro, durante a Campanha “Fique Sabendo”, resultou em um total de 1.468 exames para detectar novos casos de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e Aids na cidade. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (20) pela Secretaria Municipal da Saúde. No total, 30 positivos foram identificados.

A enfermeira Alessandra Pereira, responsável pelo Programa Municipal de ISTs/Aids, afirma que a partir do diagnóstico, o mais importante é a inclusão na rede de atendimento. De acordo com a especificidade da doença, o tratamento pode ser feito nas próprias unidades de saúde, ou no SAE (Serviço de Atendimento Especializado).

“O desconhecimento da infecção sexualmente transmissível é um problema muito grande. Além de não se tratar, a pessoa que está com o vírus pode transmitir para inúmeras outras. A informação e o acolhimento adequado são formas efetivas de controle. Já a prevenção, acontece com o sexo seguro, ou seja, o uso de preservativos”, destacou a enfermeira.

Entre os dias 27 de novembro e 01 de dezembro, foram realizados 513 testes para HIV, a mesma quantia para sífilis, 221 para hepatite B e a mesmo número para o tipo C. Os exames foram feitos na rede de UBSs (Unidade Básicas de Saúde), USFs (Unidades Saúde da Família) e no SAE.

Duas amostras tiveram resultado positivo para HIV, 23 para sífilis, uma para Hepatite B e quatro para o tipo C. Todos os pacientes foram orientados sobre os procedimentos, para que tenham tratamento completo pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

PERFIL

Na distribuição por sexo, as mulheres foram mais receptivas à campanha. Do total de 513 pessoas que fizeram o teste para HIV, 292 são do sexo feminino. Os resultados apontam que os adultos entre 40 e 60 anos estão mais atentos: 201 estão nesta faixa etária. 

Foram feitos 27 testes para pessoas até 19 anos e 90 exames em idosos (mais de 60). O subgrupo gestantes, considerado prioritário em função da transmissão vertical, teve 15 mulheres examinadas. Mais da metade das pessoas examinadas (234) fizeram o teste pela primeira vez.

SERVIÇO  - O acompanhamento do SAE/CTA é mensal ou de acordo com a necessidade clínica do paciente. São oferecidos serviços de enfermagem, psicologia e médicos infectologistas, pediatra, ginecologista e dermatologista, assistente social. Os pacientes da unidade são atendidos de forma integral, com acesso a exames e retrovirais.

O SAE/CTA funcionam na rua Sete de Setembro, 793. O telefone para mais informações é o (14) 3451-2939.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Júlio César de Carlis

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Comitiva da Prefeitura de Botucatu vem à Marília conhecer modelo de Farmácias Municipais



Secretário Municipal da Saúde daquela localidade, cardiologista André Spadaro, esteve em Marília nesta quarta-feira (20) acompanhado de profissionais da equipe e visitou farmácias

O modelo de atendimento nas farmácias municipais, adotada pela Prefeitura de Marília, já mostra resultados e virou referência para outros municípios. Nesta quarta-feira (20), comitiva de Botucatu (distante 203 quilômetros de Marília) realizou uma visita técnica a duas, das três unidades já instaladas, nos bairros Santa Antonieta e Nova Marília. O Secretário Municipal da Saúde de Botucatu, André Spadaro, elogiou a assistência farmacêutica e estrutura oferecida aos marilienses.

Além do cardiologista que comanda a pasta, a comitiva contou com a participação da coordenadora de suprimentos Rosane Trevisani Kron e a farmacêutica Edwiges Denzen. Em Botucatu, a reestruturação do sistema para entrega de medicamentos está em estudo.


O grupo foi recebido pela Supervisora da área de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal da Saúde de Marília, Rosângela Campanhã da Silva, e o coordenador de serviços administrativos da pasta, Antônio Roberto Ruiz.

Controle de estoque, almoxarifado, instalações físicas, recursos humanos e outros requisitos para instalação das unidades foram abordados durante a visita. Rosângela apresentou ambas as unidades, que funcionam em horário estendido em relação às UBSs e USFs (até às 18h) e têm como principal diferencial a presença permanente de profissionais farmacêuticos para orientação.


“O modelo de Marília chama atenção porque, conforme está sendo demostrando, cumpre importantes critérios de qualidade. É o que desejamos em Botucatu: organização, controle dos itens, atendimento qualificado e acesso à população, além de minimizar os riscos de faltar medicamentos”, disse o secretário da localidade paulista. 

TEM REMÉDIO

Em Marília, ainda está em andamento da Reestruturação da Assistência Farmacêutica, estão previstas quatro unidades fixas para atendimento (Norte, Sul e Centro) e Padre Nóbrega (reestruturada). Destas, apenas a central ainda aguarda para entrar em funcionamento.

Todas as unidades encontra-se devidamente abastecidas com os medicamentos padronizados, conforme o Ministério da Saúde. A relação consta um total de 251 itens, dos básicos aos restritos dispensados apenas para serviços de saúde.

“Para nós, é motivo de muita satisfação receber o secretário André Spadaro e sua equipe. A implantação desse modelo foi um passo corajoso, necessário, em que o município de Marília demostrou responsabilidade nessa importante área de atenção e muito respeito aos farmacêuticos e à população”, destacou Rosângela Camparnhã.

Mais informações sobre a Assistência Farmacêutica em Marília podem ser obtidas pelo telefone (14) 3402-4417.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Julio César de Carlis

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Saúde confirma mais quatro casos de dengue; moradores são das regiões norte e sul

 Apesar da redução de 85% em relação a 2016, risco da transmissão da doença é permanente; em 2017 foram confirmados 59 casos em Marília. População precisa fazer a sua parte

Apesar da queda de 85% no número de casos positivos, em relação a 2016, o risco de transmissão da dengue não pode ser ignorado. A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde confirmou, nesta terça-feira (19), quatro casos em uma semana. Em 2017, o total de moradores atingido soma 59. O controle da doença, alertam especialistas, depende da combinação entre ações de combate do município e colaboração da população.

Os quatro casos mais recentes foram registrados no Jardim Julieta e Jânio Quadros (zona norte) e Planalto e Vila Real (zona sul). As outras três regiões do município, incluindo o centro, também tiveram casos nas últimas semanas.

“O risco de transmissão na cidade é praticamente uniforme. Evidente que a maioria dos novos casos tendem a surgir nas áreas mais populosas, mas o vetor está por toda a cidade e nesta época do ano, sua reprodução é favorecida pelo clima. Por isso a importância de eliminar criadouros”, alerta Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da Vigilância Epidemiológica em Marília.

O município trabalha com estratégias diversas, como a visita dos agentes aos sábados e horários diversificados, para que os moradores sejam encontrados. Atua também no bloqueio de nebulização no imóvel e imediações, sempre que um caso é confirmado, conforme protocolo do Ministério da Saúde.

DENGUE MATA

É importante lembrar que a dengue pode matar. Na manifestação clássica, os sintomas são febre alta com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, manchas e erupções avermelhadas na pele, moleza e dor no corpo, além de ores nos ossos e articulações.

O agravamento, com risco de morte é indicado pelos seguintes sintomas: dores abdominais fortes e contínuas; vômitos persistentes; pele pálida, fria e úmida; sangramento pelo nariz, boca e gengivas; sonolência; agitação e confusão mental; sede excessiva e boca seca; pulso rápido e fraco; dificuldade respiratória e perda de consciência.

Em 2017, conforme a secretaria municipal da Saúde, não houve nenhum óbito confirmado pela doença. Não há notificações de zika e chikungunya.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Júlio César de Carlis

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Unidades do Caps e Caoim celebram o Natal com integração na comunidade

 Evento promovido pela Secretaria Municipal da Saúde reuniu cerca de 300 pessoas e marcou encerramento das atividades 2017

Com a proposta de integrar serviços, promover a prevenção e abrir as portas à comunidade, a Secretaria Municipal da Saúde de Marília realizou, na tarde desta quarta-feira, celebração de Natal para pacientes, familiares e moradores do Parque São Jorge e imediações (zona sul). O evento aconteceu no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Com-Viver, localizado na avenida João Ramalho.

Crianças e adultos receberam “papai” e “mamãe Noel” e assistiram apresentações artísticas dos próprios pacientes. Informações importantes foram compartilhadas no espaço da Saúde Bucal e durante as intervenções da equipe da Divisão de Zoonoses.

As crianças puderam brincar em um playground montado especialmente para elas. Teve ainda distribuição de pipoca, algodão-doce, cachorro-quente, salgadinho e refrigerantes. 

A integração reuniu cerca de 300 pessoas vinculadas, além do Caps anfitrião, ao Caps Infantil Catavento e Caoim (Centro de Atendimento a Obesidade Infantil de Marília). Lideranças comunitárias e autoridades prestigiaram a festa comemorativa.


O grupo de música orientado pelo psiquiatra Bruno da Cunha Tomaz e pela enfermeira Emmanuelle Filgueira Marino apresentou as canções “Superfantástico” e “É preciso saber viver”, interagindo com a plateia. 

Com o apoio dos alunos da Residência Integrada Multiprofissional da Famema, pacientes elaboraram e apresentaram o “jogral do Caps”. A paciente Cleuza dos Santos escreveu e interpretou o poema “O tempo”.

OLHAR SENSÍVEL

A secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana, lembrou que a Saúde Mental está entre as áreas de atenção à saúde que mais precisam ser prestigiadas. Ela lembrou a importância da construção de uma rede integrada e humanizada, com serviços que promovam diagnóstico, tratamento, inserção na comunidade e na família.

Para a psicóloga Simone Alves Cotrim Moreira, supervisora da Saúde Mental, tem havido avanços a partir de um olhar mais sensível, favorecendo a estruturação do serviço a partir das necessidades dos pacientes do Caps.

O secretário de Assuntos Estratégicos, Ricardo Mustafá, representou o prefeito Daniel Alonso e reiterou o compromisso do município para com todas as áreas de atenção da saúde, da rede básica às unidades especializadas.

SERVIÇO 

Atualmente, quase 300 pessoas recebem atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial do município, sendo 210 adultos (Com-Viver) e 80 crianças e adolescentes (Catavento). Já o Caoim atende cerca de 100 crianças e adolescentes a cada semestre. Mais informações sobre os serviços podem ser obtidas por meio do telefone (14) 3402-6500 ou nas unidades de saúde do município.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Júlio César de Carlis

Farmácia Municipal da Zona Sul é inaugurada e já atende população


A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, inaugurou na tarde desta quarta-feira (13), a Farmácia Municipal Zona Sul, que fica na avenida João Ramalho, 1.081, em frente à igreja Nossa Senhora de Guadalupe.

É a segunda unidade instalada na cidade em 2017, que desde o mês de julho já conta com a Farmácia Municipal Zona Norte, ao lado da UBS (Unidade Básica de Saúde) Santa Antonieta, que atende em média 800 pessoas diariamente.

A inauguração faz parte do Plano Municipal de Reestruturação da Assistência Farmacêutica em Marília, que contemplando aspectos técnicos e de qualidade, visando à oferta de medicamentos com gratuidade e atendimento qualificado.


A solenidade contou com as presenças dos secretários municipais Kátia Ferraz Santana (Saúde) e Ricardo Sevilha Mustafá (Assuntos Estratégicos), que representou o prefeito Daniel Alonso no evento; da presidente do Comus (Conselho Municipal de Saúde), Virgínia Baloni (também presidente da Maternidade Gota de Leite); da supervisora de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde, Rosângela Campanhã; e com o presidente da Associação de Moradores do Jardim Marajó e Santa Paula, José Ferreira da Silva.


A Farmácia Municipal Zona Sul já está funcionando e atenderá de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, contando com uma equipe de dez funcionários, sendo dois farmacêuticos. Para o atendimento, é necessário que o usuário leve o Cartão do SUS, o RG e a Receita Médica.

ESTRUTURA

O prédio conta ainda com ar condicionado, Wi-fi e acomodação para 30 pessoas sentadas, que são atendidas por senha, além de banheiro com acessibilidade. No geral, são 243 itens de medicamentos disponíveis, de acordo com a lista de padronização do município.

Agora, com a unidade da zona sul, serão atendidos neste espaço moradores nos bairros abrangidos pelas UBSs Costa e Silva, Nova Marília e Planalto, além das USFs Toffoli, Vila Hípica, Vila Real, CDHU, Jóquei Clube, Marajó, Santa Paula, Santa Augusta, Três Lagos e Parque dos Ipês.


Embora o foco sejam os moradores da zona sul, quem mora na outra extremidade da cidade também pode ser atendido. O sistema das novas farmácias municipais está integrado. Com a instalação da unidade central (próximo ao Terminal Urbano), o Plano de Reestruturação avançará para a etapa final de implantação.

Logo após a inauguração, a unidade já começou a funcionar e o primeiro atendimento foi feito para a dona de casa Maria Isabel da Fonseca, de 58 anos, que mora na zona norte, mas é paciente do Caps Com Viver, que fica em frente à farmácia recém-inaugurada.

“O mais importante é que o remédio esteja disponível, não importando o local. Moro na zona norte, mas como sou paciente do Caps e, toda vez que tiver atendimento, vou vir aqui na farmácia da zona sul”, disse a dona de casa.

Para a supervisora, Rosângela Campanhã da Silva, o Plano Municipal de Reestruturação da Assistência Farmacêutica é sucesso em Marília. “Esta é a nossa segunda unidade e em breve estaremos implantando a terceira na região central. O atendimento é feito com os farmacêuticos e a medicação chega ainda mais rápida, melhorando cada vez mais o atendimento ao usuário.”

A secretária municipal de Saúde, Kátia Ferraz Santana, afirmo que a administração está mudando a dinâmica da entrega de medicamentos em Marília. “Com esse novo projeto, que já está consolidado na zona norte, recebemos o usuário como ele merece, com toda organização e comodidade. Além disso, a gente consegue ter um controle melhor dos medicamentos, evitando que falte. Hoje Marília não tem mais problemas com o desabastecimento e, quando existe algum problema, é pontual e que vamos buscar a solução o mais rápido possível. Para se ter ideia, recentemente fizemos uma grande compra e que permitirá um abastecimento normal até o final de janeiro. Com essa nova dinâmica, queremos sempre melhorar o atendimento ao nosso usuário.”

Já o Assessor Especial de Assuntos Estratégicos, Ricardo Sevilha Mustafá, parabenizou toda a equipe da Saúde por mais esta melhoria no atendimento à comunidade. “O objetivo da administração é melhorar cada vez mais o atendimento à população e a área da saúde é uma das prioridades. Centralizar a distribuição de medicamentos vai facilitar para todos, inclusive para o usuário, que irá se deslocar para o lugar correto para encontrar o medicamento. Além da zona norte, agora inauguramos na zona sul e logo também teremos uma Farmácia Municipal na região central da cidade.”

Texto: Miquele Marvule
Fotos: Assessoria PMM / Mauro Abreu

Marília passa a contar com Farmácia Municipal na zona sul; sistema em rede oferece mais comodidade

Independente se usuário mora na zona sul ou norte, poderá obter medicamento em qualquer uma das unidades; próxima farmácia do município será instalada no Centro, perto do Terminal Urbano

A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, inaugura na próxima quarta-feira (13), a Farmácia Municipal Zona Sul. É a segunda unidade instalada em 2017, quando começou a ser executado o Plano Municipal de Reestruturação da Assistência Farmacêutica em Marília, contemplando aspectos técnicos e de qualidade, visando a oferta de medicamentos com gratuidade e atendimento qualificado.

Já funciona no município, neste mesmo modelo de atenção, a Farmácia Municipal Zona Norte, que atualmente realiza, em média, 800 atendimentos diários. A unidade funciona ao lado da UBS Santa Antonieta, em local de fácil acesso à comunidade da região.

Agora, com a unidade da zona sul (uma das regiões mais populosas da cidade), serão atendidos neste espaço, com qualidade e conforto, moradores nos bairros abrangidos pelas UBSs Costa e Silva, Nova Marília e Planalto, além das USFs Tofoli, Vila Hipica, Vila Real, CDHU, Jóquei Clube, Marajó, Santa Paula, Santa Augusta, Três Lagos e Parque dos Ipês.

Embora o foco sejam os moradores da zona sul, quem mora na outra extremidade da cidade também pode ser atendido. O sistema das novas farmácias municipais está integrado. Com a instalação da unidade central (próximo ao Terminal Urbano), o Plano de Reestruturação avançará para a etapa final de implantação.

MAIS REMÉDIOS

Inicialmente, conforme explica a Supervisora da área de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal da Saúde, Rosângela Campanhã da Silva, estão previstas as quatro unidades fixas para atendimento (Norte, Sul e Centro) e Padre Nóbrega (reestruturada). Todas as unidades encontra-se devidamente abastecidas com os medicamentos padronizados, conforme o Ministério da Saúde. 

Os serviços em Marília vão além da dispensação de medicamentos: a população é atendida por profissionais especializados, incluindo farmacêuticos, disponíveis para prestar a assistência farmacêutica, garantindo orientações referentes ao uso dos remédios.

Marília conta ainda com a assistência por equipes volantes (com profissional farmacêutico) em todos os distritos. O plano já é considerado exitoso, sob perspectivas técnica e assistencial, mesmo assim está passível de ajustes, durante sua implementação.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Júlio César de Carlis

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Assistentes Sociais da Saúde organizam grupo de trabalho para fortalecer serviço; foco é o usuário


Para enfrentar a fragmentação e a burocracia do setor, profissionais propõem revisão de fluxos e processos de trabalho e soluções interinstitucionais

Em contraste à urgência da população que necessita de serviços sociais na Saúde, a burocracia e a fragmentação entre diferentes órgãos públicos e serviços torna complicada a busca por auxílio. Para qualificar e tornar mais resolutivos os atendimentos, a Secretaria Municipal da Saúde de Marília organizou um grupo de trabalho com as profissionais da área.

Reunião nesta quarta-feira (06), na sede da secretaria, contou com a presença de sete assistentes sociais. Luana Brandão, integrante da equipe, acredita que o resultado imediato do novo espaço de discussões é o fortalecimento do próprio serviço, repercutindo no usuário.

“Já estamos empenhadas na revisão de fluxos e processos de trabalho. Também acreditamos que podemos encontrar soluções dialogando com outros serviços, outras instituições que também participam para que a necessidade da população seja atendida”, disse.

Assim como em outras áreas, na Saúde existem compromissos que são específicos do Estado, outros do município. O problema é quando, em vez de redes, existe fragmentação. A ausência de articulação pode confundir muitos usuários e provocar idas e vindas à diferentes órgãos públicos.

Atualmente, a Secretaria Municipal da Saúde dispõem do serviço social para dispensar fórmulas alimentares, suplementos, fraudas geriátricas, vale-transporte social, regulação de transporte de pacientes em Marília e TFD (Tratamento Fora de Domicílio – outros municípios), Proiid (Programa Interdisciplinar de Internação Domiciliar), além de atendimento em unidades especializadas como o Caps (Saúde Mental) e SAE (IST/Aids).

MAIS GENTE, MENOS PAPEL

Orientar usuários, receber pedidos, juntar e analisar documentos (incluindo laudos), tramitar e dar fluxo à papelada são etapas que antecedem a concessão da maioria dos benefícios, sob a perspectiva do serviço social. Mesmo após a dispensação do produto ou execução do serviço, ainda existem documentos que exigem atenção dos assistentes sociais.

Ruídos na comunicação ou “emaranhado” de serviços/instituições envolvidas podem fazer com que o usuário caminhe de um lado para o outro, com sensação de morosidade. A sonhada desburocratização depende de diálogo, inteligência logística e conscientização sobre a importância de mudanças em normas, regulamentos e até legislações.

Conforme o coordenador de serviços administrativos da Secretaria Municipal da Saúde de Marília, Antônio Roberto Ruiz, os encontros serão periódicos. “Junto com os usuários, somos os principais interessados em um atendimento mais objetivo e resolutivo”, finalizou o coordenador.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Divulgação

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Fisioterapia da Secretaria da Saúde promove acessibilidade na rede de ensino


 Fisioterapeuta Franciane faz adequações no encosto da cabeça e indica cadeirinha para Gustavo; mobiliários escolares, além de materiais de apoio, também recebem intervenções

O serviço de Fisioterapia da Secretaria Municipal da Saúde, com olhar sensível às necessidades de adequações dos alunos com deficiência matriculados na rede de ensino de Marília, realiza um trabalho colaborativo com equipes pedagógicas. Como resultado, os alunos têm garantia do direito à inclusão e promoção da saúde. 

Doutora em Educação Especial pela Unesp, a fisioterapeuta Franciane Teixeira de Oliveira Codogno executa as atividades. Ela explica que a cooperação teve início em 2012, por meio de formações e orientações para professores, cuidadores e profissionais de educação em geral.

Em 2015, a parceria foi fortalecida e a fisioterapeuta passou a acompanhar, de forma sistemática, a necessidade de adaptações para o atendimento escolar. Nascia a Consultoria Colaborativa de Fisioterapia para Deficientes Físicos, com atendimento semanal.

A iniciativa intersetorial saúde/educação gera benefícios para famílias como a de Gustavo de Almeida Leonildo, de seis anos. A mãe, dona de casa, Luciana de Almeida Leonino, 44, observa o desenvolvimento do filho, com a inclusão escolar e as adequações promovidas pela fisioterapia.

“Ele passa por atendimento individual. A fisio orienta no transporte e acompanha a questão dos materiais, junto com a equipe da escola. Para mim, que sou mãe, é uma segurança a mais. O que eu diria para as outras mães é: vale a pena lutar, eles precisam estar incluídos”, alerta.

No atendimento interdisciplinar, é papel do fisioterapeuta a orientação sobre assentos, tipo de cinto de segurança, apoios para cabeça, pés, enfim, todos os recursos capazes de aumentar o conforto durante o transporte.

Na sala de aula, a atenção à saúde continua, com a indicação de mesas e cadeiras adequadas a cada situação específica de deficiência, inclusive com materiais de apoio (tesouras, suporte para lápis, copos, colheres) e outros materiais didáticos adaptados. 

Altura, largura, textura… tudo pode ser adaptado, muitas vezes personalizado em milímetros, para cada caso. “É um trabalho em que precisamos de um olhar integral, considerando as necessidades da criança, entendendo as expectativas dos educadores e alunos, gerando mais conforto, ergonomia e qualidade”, afirma Franciane.

FOCO NO APRENDER

A supervisora do Departamento de Educação Especial da Secretaria Municipal da Educação, Sabrina Alves Dias, explica que o conforto e segurança nos movimentos, fazem com que os alunos ganhem confiança e se preocupam menos com as posições antes incômodas. Dessa maneira, o foco se volta para as práticas que favorecem o desenvolvimento cognitivo.

“Esse trabalho tem a capacidade de mudar a experiência do aluno, em relação ao meio e aos objetos em geral. Nos chama a atenção também a maneira como a fisioterapeuta encontra soluções simples, com materiais acessíveis, proporcionando grande impacto”, avalia Sabrina.

A educadora explica que o atendimento não é vinculado a uma única escola. Onde houver solicitação, via Secretaria de Educação, o serviço de fisioterapia poderá atuar, em toda a rede de ensino. O trabalho intersetorial, geralmente, acontece às sextas-feiras. 

Nos demais dias da semana, Franciane integra a equipe do serviço de Fisioterapia da Secretaria Municipal da Saúde a atualmente atende pacientes de neurologia, na unidade “Estação Saúde”, instalada ao lado do Terminal Urbano

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Júlio César de Carlis

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Controle de escorpiões é tema de treinamento de profissionais da Divisão de Zoonoses


Instruções foram transmitidas por técnico da Sucem; aumento da presença do artrópode é observada em toda a região e estaria associada à ocupação urbana e acumulação de objetos

Para reforçar o preparo das equipes da Divisão de Zoonoses, no controle de escorpiões, a Secretaria Municipal da Saúde de Marília realizou nesta sexta-feira (04) um treinamento ministrado por técnicos da Sucem  - Superintendência de Controle de Endemias. O aparecimento do animal está cada vez mais frequente em municípios da região. As causas incluem a ocupação urbana desordenada e acumulação de objetos nos quintais e residências.

Em Marília, as responsabilidades pelas ações de controle são compartilhadas entre os ACSs (Agentes Comunitários de Saúde), ACEs (Agentes de Controle de Endemias), ACZs (Agentes de Controle de Zoonoses), supervisores de Saúde, veterinários e também pelos próprios moradores.

Cada um tem um papel a ser desempenhado, para que a população fique protegida. O trabalho inclui vistoria em residências, constatação e captura dos animais, limpeza de áreas que possam favorecer a proliferação, orientação aos moradores sobre instalação de barreiras, entre outras medidas para prevenção de acidentes.

O treinamento foi ministrado pelo engenheiro agrônomo Cláudio Gonçalves Cabello, técnico da Sucem. A supervisão das ações de controle é do veterinário Lupércio Garrido Neto, que compõe a equipe da Zoonoses e já possui expertise em relação a combate a esse tipo de praga urbana.

“Estamos hoje dando um passo importante, no sentido da educação permanente. O problema dos escorpiões não é novidade em Marília, mas os relatos estão aumentando. Isso faz parte de uma nova realidade e exige preparo de todos”, disse Garrido. Participam supervisores de saúde e veterinários, que multiplicarão a informação com as equipes.

INTERSETORIALIDADE

A secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana, alertou a população a “não se acostumar a conviver com nenhum tipo de ameaça”. Ela classificou como um problema de saúde pública, com grande intersetorialidade com outras áreas, como limpeza e planejamento urbano.

“Já pedimos às nossas equipes atenção redobrada nas regiões com maior incidência, mas os moradores podem procurar uma unidade de saúde, solicitando a visita dos agentes. A Zoonoses será acionada para o atendimento adequado, identificação de eventual abrigos e captura. Precisamos do comprometimento de todos para reduzir os riscos”, destacou a secretária.

CENÁRIO NACIONAL

Em 2016, segundo o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde, foram registradas 17.250 acidentes com picadas de escorpiões em São Paulo, estado líder em ocorrências. Dez morreram.


Em apenas dez anos, o total de acidentes no país saltou de 36.965 para 827.644. Parte desse resultado se deve a melhoria do controle do sistema de notificação, porém, especialistas vêm relação entre o grande crescimento dos ataques e a ocupação urbana desordenada.

A limpeza é fundamental. Não é recomendado o uso de pesticidas. Em caso de infestação, é importante a instalação de obstáculos em baixo das portas, em ralos e entradas e saídas de água. É necessário verificar calçados antes de vestir e objetos que possam servir de abrigo aos artrópodes.

EM CASO DE ACIDENTE

Conforme o Ministério da Saúde, não existem exames laboratoriais para confirmação do diagnóstico. A picada por escorpião leva a dor no local, de início imediato e intensidade variável, com boa evolução na maioria dos casos.

Crianças, porém, podem apresentar manifestações graves, como náuseas e vômitos, alteração da pressão sanguínea, agitação e falta de ar. Caso ocorra o acidente, recomenda-se fazer compressas mornas e utilizar analgésicos para aliviar a dor até chegar a um serviço de saúde para que o médico possa avaliar a necessidade ou não de soro ou tomar outras medidas necessárias.

Os primeiros socorros incluem limpeza do local da picada com água e sabão, não fazer torniquete ou garrote, não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida e nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção.

Importante não ingerir bebida alcoólica, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país. É importante levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento em tempo. Em Marília, o PA e a UPA estão preparados para o atendimento inicial e, se necessário, encaminhamento. Em caso de necessidade da administração de soro antígeno, o hospital de referência é o HC (Hospital das Clínicas).

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Júlio César de Carlis

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Saúde municipal vai trabalhar neste sábado em seis áreas da cidade para controle do Aedes


Serão visitadas residências nos territórios das UBSs JK, Planalto, Alto Cafezal e USFs Aniz Badra, Clínica da Família e Parque dos Ipês

Moradores nos bairros que integram os territórios das UBSs (Unidade Básica de Saúde) JK, Planalto, Alto Cafezal e USFs (Unidade Saúde da Família) Aniz Badra, Parque dos Ipês e Clínica da Família Jóquei Clube/Santa Paula/Marajó recebem, neste sábado (02), a visita de agentes de saúde.

A mobilização aos sábados prossegue com esforço do município de Marília, em parceria com os servidores (banco de horas), após a conclusão da parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. A iniciativa que cobrirá toda a cidade faz parte da estratégia local para redução das pendências, ou seja, de imóveis não verificados pelo controle de endemias.

A ausência ou recusa dos moradores inviabiliza todas as ações, das mais simples, como a entrega de material de divulgação e verificação de criadouros, às mais complexas como bloqueio por nebulização e busca ativa de sintomáticos.

Nesta semana, a Vigilância Epidemiológica lançou um alerta. Em alguns bairros da cidade, o total de imóveis inacessíveis chega a 60%. É o caso do Santa Antonieta, Aniz Badra e Castelo Branco (zona norte); Parque dos Ipês e Nova Marília (zona sul) e Aeroporto (leste).

A supervisora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Alessandra Arrigoni Mosquini, lembra que em uma semana, foram seis novos casos confirmados, por toda a cidade, o que indica risco de transmissão independente da região.

“A maneira mais eficiente de combatermos a dengue e as outras doenças relacionadas ao Aedes é a eliminação dos criadouros. Quando temos um caso positivo, precisamos fazer a nebulização, o que está ficando inviável com essa alta pendência”, alertou.

Ainda conforme a supervisora, em grande parte das pendências é observada a recusa no acesso. “Os profissionais são devidamente identificados e seguem um protocolo, durante esse atendimento. A vistoria é realizada junto com morador, com o objetivo de orientar. Se a pessoa está em casa e não abre a porta, pode estar colocando em risco a saúde coletiva”, destacou.

MAPA EPIDEMIOLÓGICO

O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça-feira (28), resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRa), que indicou 1.139 municípios do país em situação de alerta. Isso significa que entre 1% e 3,9% dos imóveis locais tinham larvas. 

O levantamento classificou 2.450 municípios como “satisfatórios” por apresentarem percentual menor de 1% para presença de larvas. Foi o caso de Marília, porém, não há nenhum motivo para esmorecer nas ações de combate. 

“Esse índice é um parâmetro importante, mas ele sofre alteração muito rápida, em função de fatores diversos, como a chuva e a efetividade das ações de controle. Esse combate tem que ser feito tanto pelo Poder Público quanto pela população em geral. Não existe solução se o trabalho for unilateral”, destacou Alessandra.

Com os seis novos casos, em 2017 o município de Marília soma 41 casos confirmados de dengue Não houve nenhum óbito confirmado pela doença. Não há notificações de zika e chikungunya.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Divulgação