quinta-feira, 20 de abril de 2017

Marília reduz casos de dengue; ações previnem zika, chikungunya e febre amarela

Prefeito Daniel Alonso, durante o lançamento da campanha
Marília em Movimento Contra o Aedes
Em 2017, primeiro trimestre terminou com dez casos de dengue; no ano passado foram 147 e em 2015 já havia epidemia com 8.986 nos primeiros 90 dias do ano

Balanço realizado com base nos dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, apurados no primeiro trimestre deste ano, indica que os casos confirmados de dengue em Marília recuaram mais de 90% em 2017, na comparação com 2016. Ações da Secretaria Municipal da Saúde, com o apoio de outros setores da administração municipal, estão entre as causas da redução.

Na comparação com 2015, quando a cidade registrou a grande epidemia, a queda é ainda mais drástica. Naquele ano foram confirmados em Marília 26.647 casos da doença, sendo 8.986 no primeiro trimestre.
Agentes de saúde em campo; trabalho estratégico
e operacional feitos com dedicação

Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da Vigilância Epidemiológica, lembra que os estudos relacionados mostram que a cada três ou quatro anos, a curva epidemiológica muda. “Há uma variação e podemos ver isso também em Marília, com ciclos de transmissão diferenciados”, esclarece.

Ela alerta ainda que não é esperado que Marília “deixe de ter dengue”, uma vez que basta um caso para que o risco de circulação do vírus seja efetivo. O que potencializa a transmissão, porém, são as condições favoráveis ou não para o nascimento e reprodução do mosquito Aedes Aegypti.

“Esperamos uma curva baixa porque estamos trabalhando muito na prevenção. Informação e conscientização são fundamentais. Houve na cidade maior envolvimento, depois que tivemos aquela grande epidemia. Hoje o assunto está mais perto da comunidade. Há um cuidado maior das pessoas e grande atenção das unidades de saúde na prevenção”, disse.
Kátia Ferraz Santana: medidas efetivas contra o Aedes

A supervisora destaca que as parcerias avançaram, recentemente. “O Estado é um grande parceiro, a secretaria municipal de Educação faz um importante trabalho. Temos tido um diálogo muito próximo das organizações da sociedade. As ações que começaram não podem mais parar. Precisamos dessa nova cultura, para evitar que o mosquito nasça e se reproduza”, destacou.

CONTROLE

Mesmo com as adversidades, a administração municipal, sob a liderança do prefeito Daniel Alonso, não esmoreceu. A nova secretária da Saúde, Kátia Ferraz Santana, coordenou intervenções técnicas consideradas importantes, que estão resultado não apenas no controle da dengue, mas também na prevenção do Zika Vírus, Febre Chikungunya e Febre Amarela. 

“Os nossos técnicos e profissionais de campo, por meio da Vigilância Epidemiológica e do setor de zoonoses trabalham com determinação e temos conseguido o apoio da população. Um exemplo foi o sucesso da recente campanha de limpeza realizada”, disse Kátia Santana, titular da pasta.

Veterinário destaca limpeza da cidade

O veterinário Lupércio Garrido, supervisor da divisão de Zoonoses, destaca, entre outras ações, a campanha “Marília em Movimento Contra o Aedes Aegypti”, uma iniciativa articulada da administração que removeu inservíveis e possíveis criadouros da cidade no final do mês de março.

Lupércio Garrido, supervisor da divisão de zoonoses,
cita as ações de controle de endemias
“Os agentes comunitários de saúde e os agentes de controle de endemias estão trabalhando de forma intensa e temos uma parceria com o governo do estado, para que o trabalho prossiga inclusive aos sábados”, disse o supervisor.

Outro diferencial, em 2017, é a ampliação no número de imóveis vistoriados por mês. Atualmente, em média a cada dois meses o mesmo imóvel recebe nova visita dos agentes. “São cerca de 40 mil imóveis visitados mensalmente. Mantemos ainda, em atividade, a equipe de controle de imóveis de difícil acesso e os pontos estratégicos, ou seja, locais que são identificados como ‘alto risco’ pelo número de potenciais criadouros, como borracharias. Nesse caso, as visitas são quinzenais”, disse.

A divisão de zoonoses também está atenta aos imóveis especiais, ou seja, edificações com grandes áreas construídas e ampla circulação de pessoas. “Não interrompemos o trabalho preventivo, embora temos que levar em conta as condições meteorológicas. O preventivo está intenso, independente do número de casos. Assim estamos mantendo a cidade livre da dengue e mais protegida em relação às novas doenças”, disse Lupércio.

Textos: Carlos Rodrigues
Fotos: Arquivo / PMM

Nenhum comentário:

Postar um comentário